Grupo de Estudo do Joelho de Campinas
Discutir, aprender e ensinar. O Grupo de Estudo do Joelho de Campinas reuniu 550 especialistas com o propósito de alcançar o futuro com responsabilidade. Considerado um dos mais importantes eventos da ortopedia brasileira, o JOCA 2015 abordou os avanços da especialidade, tanto no Brasil quanto no mundo, e de que forma tudo isso irá impactar no dia a dia dos pacientes que sofrem com as patologias do joelho.
Realizada nos dias 10 de 11 de abril, no The Royal Palm Plaza Hotel, a 14ª edição do Curso de Cirurgia do Joelho de Campinas contou com 59 palestrantes, sendo sete estrangeiros. Dividido em quatro painéis, o primeiro dia começou com o tema mais importante para a especialidade, que é a lesão do Ligamento Cruzado Anterior. Depois foram discutidos o Ligamento Cruzado Posterior, as lesões condral e meniscal e a femoropatelar.
Sempre com foco no que o futuro reserva para esses temas, o curso teve conferências internacionais, com aulas dos convidados de fora e dos brasileiros, mesas-redondas modernas e pódium internacional. O dia terminou com a aula do médico do Comitê Olímpico Brasileiro João Alves Grangeiro Neto, falando sobre as lesões de joelho em atletas olímpicos.
No dia 11, o painel Joelho Degenerativo – qual será o futuro mostrou a relevância cada vez maior desse assunto frente à longevidade da população, e como a abordagem correta da doença pode proporcionar ao paciente idoso uma melhor qualidade de vida. Assim, a discussão englobou as opções de tratamento da artrose, destacando a necessidade da individualização do tratamento, uma vez que não existe uma receita pronta para essa patologia. “Fazemos o que chamamos de Tratamento Integral e Individualizado da Artrose, porque cada paciente responde ao tratamento de uma maneira diferente, por isso a abordagem nunca será a mesma”, disse o presidente do Grupo de Estudo do Joelho de Campinas, Wilson Mello, ressaltando que a previsão é de que em 2050 o Brasil terá 42 milhões de idosos.
A Artroplastia Total do Joelho também ganhou destaque com as aulas e discussões sobre essa cirurgia. A experiência de grandes cirurgiões brasileiros nessa área e a visão dos palestrantes convidados Fabio Catani (Itália) e Michel Bonnin (França) engrandeceram as discussões sobre o assunto. Para finalizar, a infectologista Ana Lúcia Munhoz Lima falou sobre como proceder no caso de prótese infectada. Com sua experiência nessa área, ela sempre alerta os cirurgiões para os sinais de infecção e os cuidados a serem seguidos. “Escolhemos com muito critério os temas e os palestrantes para poder proporcionar um conteúdo abrangente e relevante voltado ao nosso dia a dia, e acredito que conseguimos esse objetivo”, destacou o vice-presidente do GEJC, José Francisco Nunes.
O Curso do Joelho de Campinas foi encerrado com duas conferências magistrais internacionais e a certeza de mais um sucesso absoluto. “Quando terminamos nosso curso, sentimos mais uma vez que valeu a pena todo o esforço, porque saímos daqui com nova bagagem e novos amigos. Em 2017, comemoraremos a 15ª edição e será um prazer receber todos novamente”, finalizou Dr. Mello.